Eduardo Bolsonaro sinaliza apoiar Pollon ao Senado e contraria o pai, que defende Gianni Nogueira

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), que articula as sanções dos Estados Unidos contra o Brasil, sinalizou apoio ao deputado federal Marcos Pollon (PL) na disputa do Senado em 2026. Ele contrariou o pai, Jair Bolsonaro (PL), que lançou a vice-prefeita de Dourados, Gianni Nogueira (PL), e negocia apoio a candidatura do ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB).
Aliás, o filho 03 de Bolsonaro não só defende o tarifaço de 50%, que pode comprometer a exportação de R$ 1,7 bilhão apenas de Mato Grosso do Sul para os EUA, como é a favor de ampliar as sanções contra a economia brasileira e ministros do Supremo Tribunal Federal.
O deputado já mirou as baterias para detonar os aliados. Ele classificou com inútil a viagem dos senadores Nelsinho Trad (PSD) e Tereza Cristina (PP), que vão viajar a Washington para negociar o fim do tarifaço com o governo americano. Ele disse que Donald Trump só deverá negociar com ele e só vai acabar com as sanções após o STF suspender as ações judiciais contra Jair Bolsonaro.
Nas redes sociais, Eduardo Bolsonaro manifestou a preferência por alguns nomes da direita na disputa do Senado, como Carol de Toni e Marcos Pollon. Ele disse que gosta muita do parlamentar sul-mato-grossense.
O problema é que Pollon tentou o apoio de Bolsonaro para ser candidato a senador, mas o ex-presidente o vem ignorando desde o ano passado, quando ele se lançou à prefeitura e recusou o pedido do ex-presidente para apoiar a candidatura do deputado federal Beto Pereira (PSDB). O apoio ao tucano só foi sacramentado após intervenção da executiva nacional e destituição de Pollon do comando regional do PL.
Agora, Eduardo contraria o pai e sinaliza apoio ao presidente do Movimento Pró Armas. Bolsonaro já manifestou apoio público à vice-prefeita de Dourados. Ele disse que a sua candidata a senadora no Estado será Gianni.
Bolsonaro também negocia apoio a Reinaldo Azambuja, que deverá trocar o PSDB pelo PL para ser o candidato a “senador do Bolsonaro” no Estado. Agora, com o filho virando estrela da direita e extrema direita, Bolsonaro, de tornozeleira eletrônica e sem poder se manifestar nas redes sociais, vê os aliados sendo detonado pelo filho 03.
Eduardo também criticou Tereza Cristina por ter aprovado a Lei da Reciprocidade, que considerou uma grande ajuda para o discurso de Lula contra Donald Trump. A pouco mais de um ano da eleição, a direita começa a ser vítima do próprio veneno.
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