Eloy Terena participa da 10ª Assembleia da Juventude Guarani Kaiowá na Aldeia Campestre, em Antônio João (MS)
Evento fortalece mobilização indígena na fronteira e destaca luta por terra, cultura e ancestralidade

A Aldeia Campestre, localizada na Terra Indígena Nhanderú Marangatu, no município de Antônio João (MS), na fronteira com o Paraguai, sediou neste final de semana (21 e 22 de julho) a 10ª Assembleia da Juventude Guarani Kaiowá e Nhandeva, com a participação do Secretário-Executivo do Ministério dos Povos Indígenas (MPI), Eloy Terena.
O encontro reuniu jovens lideranças indígenas de diversas aldeias do Cone Sul do estado, que debateram temas como direito à terra, identidade cultural, educação diferenciada, saúde, políticas públicas e estratégias de resistência frente às violências e omissões históricas do Estado brasileiro.
Durante sua participação, Eloy Terena reafirmou o compromisso do governo federal com a juventude indígena e com a demarcação dos territórios tradicionais, destacando que “os jovens são o presente e o futuro das lutas dos povos originários. É com eles que devemos construir políticas públicas baseadas na escuta, no respeito e na autodeterminação”.
A assembleia também foi marcada por falas de lideranças espirituais, caciques, professores, comunicadores indígenas e representantes de organizações de base. Todos enfatizaram a urgência de fortalecer os laços culturais e espirituais, além da necessidade de políticas públicas que levem em consideração as realidades específicas dos territórios indígenas fronteiriços.
> “Não é possível pensar o Brasil sem os povos indígenas. E não se pode construir futuro sem a juventude indígena sendo protagonista das decisões”, disse Eloy, em sua fala na plenária.
O evento foi organizado por jovens lideranças com apoio das comunidades locais, movimentos indígenas e parceiros institucionais. A Aldeia Campestre foi escolhida como sede pela sua importância simbólica na luta pela terra e pela memória de retomadas históricas na região sul-mato-grossense.
A 10ª edição da assembleia consolida o evento como um dos mais importantes espaços de articulação juvenil indígena no Mato Grosso do Sul. Ao final, foi aprovada uma carta política que será encaminhada às autoridades públicas e organizações aliadas, reforçando as demandas por território, sustentabilidade, protagonismo e respeito aos modos de vida Guarani e Kaiowá.
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