Nem sempre o talento resolve. Na noite deste domingo, a Seleção Brasileira Feminina empatou com a Colômbia por 1 a 1, em um jogo que escancarou tanto as virtudes quanto as carências do time comandado por Arthur Elias.

O primeiro tempo começou com boa movimentação, pressão alta e posse de bola. O gol de Adriana deu esperança de uma vitória tranquila, mas a equipe recuou demais após abrir o placar. A Colômbia, que não se intimidou, aproveitou o espaço, e com Linda Caicedo desequilibrando pelo lado esquerdo, empatou com justiça.

No segundo tempo, o Brasil voltou sem a mesma intensidade. A entrada de Debinha deu fôlego, mas a criação ofensiva seguiu travada. Kerolin, muito marcada, pouco apareceu. E a defesa, apesar de segura em alguns momentos, sofreu com bolas alçadas e erros de saída.

O empate mantém a invencibilidade recente, mas deixa um gosto amargo: é preciso mais consistência, mais ousadia, e principalmente, mais entrosamento. Ainda é um time em construção, sim. Mas o tempo corre — e a Copa América Feminina se aproxima.

No fim das contas, o jogo contra a Colômbia não foi perdido no placar, mas deixou escapar a chance de mostrar força total. E no futebol feminino, onde o espaço ainda está sendo conquistado, cada jogo é uma vitrine. E cada tropeço, um alerta.